I Encontro de Saúde do campo aborda importância de animais peçonhentos

Qual seria a sua primeira reação ao encontrar um escorpião ou uma cobra no lugar onde você esteja? Certamente terá o ímpeto de matá-los, correto? Esta, no entanto, não é a melhor atitude a ser tomada. Foi a intenção de mostrar quais os procedimentos corretos de prevenir acidentes com animais peçonhentos e preservá-los devido à sua importância no meio ambiente, que o campus Petrolina Zona Rural do IF Sertão-PE deu início, nesta quinta-feira (16), ao I Encontro de Saúde no Campo.

 

D O analista ambiental, Fábio Walker, falou sobre prevenção e procedimentos em acidentes com cobras peçonhentas

O primeiro tema em debate despertou a atenção do público presente, que lotou o auditório do campus. Como proceder em casos de acidentes com animais peçonhentos? Como manejá-los de maneira que ele não ofereça risco ao ser humano, nem seja necessária sua eliminação? Todas essas informações foram passadas pelo analista ambiental Fábio Walker (Cemafauna-Univasf) e pelo biólogo Jonathan Soares (Serpentário de Juazeiro), que desmistificaram diversas questões sobre o assunto e fizeram demonstrações com os animais. 

Auditório ficou lotado para acompanhar a programação

 “Um dos motivos da palestra é orientação pessoal, para própria proteção, mas também para proteção para os animais. Um projeto como esse é uma ferramenta objetiva, prática e eficiente para você ter uma sociedade diferenciada no futuro. A gente contribui com os alunos, com os animais e com a sociedade”, afirmou Fábio Walker.

Estudantes puderam ter contato com exemplares de cobras

Durante a programação do dia foram apresentadas as principais serpentes de importância médica para o semiárido nordestino, ou seja, que são peçonhentas, suas características, sintomas e ação tóxica. Além disso, foi mostrada a relação desses animais com o equilíbrio do meio ambiente. “A orientação correta ao encontrar um desses animais é tentar manejá-lo e devolver para a natureza”, disse Jonathan Soares.

Jonathan Soares ministrou oficina sobre acidentes com animais peçonhentos

De acordo com uma das organizadoras do evento, a professora Elizângela Souza, a proposta do evento é disseminar a cultura da prevenção. “Por ser um campus que fica na zona rural, ninguém está livre de riscos. Às vezes temos contato com animais peçonhentos e não sabemos como proceder. A ausência de conhecimento é um fator de risco”, considerou.

Houve demonstração de como fazer a contenção de uma cobra

A estudante de Agroindústria, Daniele Cavalcanti, destacou a importância da prevenção. “Nunca tinha presenciado uma palestra com essas informações e foi muito interessante, principalmente pela consciência da prevenção, você ter contato com um animal desses e não matar, mas colocá-lo em um lugar que é adequado para ele e seguro”, disse.

Desmistificando

Exposição de animais despertou a curiosidade dos estudantes

Muitas pessoas não sabem como agir da forma correta quando são atacadas por um animal peçonhento, como cobras, aranhas ou escorpiões e acabam reproduzindo mitos, que prejudicam a própria saúde e o meio ambiente. 

Algumas dicas simples podem ajudar a como proceder na hora de um acidente. A primeira é lavar o local da picada apenas com água e sabão, não utilizar de nenhum outro produto ou artifício. Depois, manter o acidentado em repouso, colocando a parte atingida em posição horizontal. E, principalmente, procurar socorro médico.  

Fotos: Daniel Amaral/ Ines Guimaraes