Curso do Sebrae ensina tópicos de empreendedorismo para jovens no campus Floresta

Entre os dias 3 e 5 de setembro ocorreu no campus Floresta do IF Sertão-PE o curso “Crescendo e Empreendendo”, ministrado pela Consultora e Instrutora do SEBRAE, Simone Pontes. A capacitação ocorreu com duas turmas simultâneas, nos períodos matutino e vespertino, e teve como público cerca de 80 alunos do Ensino Médio Integrado e do Ensino Superior, do campus Floresta.

 


Os participantes receberam material didático de apoio à formação

Inicialmente o curso seria ministrado apenas para o Ensino Médio, mas a demanda foi tanta que houve uma expansão. De acordo com Simone Pontes o curso faz parte de um programa do SEBRAE sobre educação empreendedora com o objetivo de fomentar o empreendedorismo na visão de negócios, na vida, e no mundo do trabalho.

Ao longo dos três dias de curso os jovens discutiram temas para a compreensão das características empreendedoras, e como reconhecê-las em si mesmos, nas pessoas com as quais convivem, e nas comunidades nas quais encontram-se inseridos.

Segundo Maurício Freire, aluno do 3º ano do Ensino Médio Integrado ao Técnico em Informática, chamou atenção os assuntos diferentes apresentados no curso, e a motivação para a importância da união no mundo do empreendedorismo. “A instrutora procurou sempre unir a galera, fazer atividades em grupo para que unisse, por que ela disse que a ideia do empreendedorismo é sempre ser coletivo, tem que ter a união dos outros para que dê certo. O curso foi inovador e abriu algumas portas para a gente pensar o que quer no futuro, se quer abrir um negócio próprio, e para isso ela ensinou os passos para a gente saber como iniciar um negócio”, afirmou o estudante.

A consultora do SEBRAE explicou a metodologia da capacitação: “o curso é bem dinâmico, nós trabalhamos com o fazer do aluno. Além de entender os conteúdos eles vão fazendo na prática, então tivemos, por exemplo, uma paródia musical onde eles falaram sobre o que é ser empreendedor, por meio de uma letra de música que eles mesmos criaram. Teve também a montagem de negócios dentro do que eles pensam como modelos de negócio para a região e para a comunidade”, explicou Simone Pontes. 

Para a aluna do 6º período do curso de Gestão da Tecnologia da Informação, Cauany Souza, a dinâmica da formação proporcionou a cada participante observar os próprios traços de perfil empreendedor. “Ela fez com que colocássemos mãos a obra e pensássemos em negócios que dariam certo aqui em Floresta. E realmente pude perceber o quão variadas e interessantes foram as propostas. Momentos assim que levam os alunos a pensar dessa forma, e trazem mais conhecimentos para nós dentre muitos outros assuntos abordados. Foi muito importante, pois um curso como esse agrega valor tanto para o currículo profissional, como para o conhecimento pessoal”, afirmou a discente.


As atividades foram realizadas em grupo visando o despertar do espírito empreendedor

Outras atividades realizadas durante a formação foram apresentações de perfil pessoal, reflexão sobre as habilidades de cada um e como transformá-las em comportamento empreendedor; orientações de como se apresentar e realizar o marketing pessoal; além de proposição de situações para que os alunos pudessem ter atitudes empreendedoras.

“Várias ideias apresentadas pelos alunos me chamaram a atenção, a gente tem pouco tempo para montar uma ideia, mas surgiram potenciais. Teve uma pessoa que criou uma marca de promoções e eventos chamada “Mandacaru”; para subsidiar os eventos aqui da região. Outra ideia foi um serviço de faxina por aplicativo para saber quem são as pessoas disponíveis para fazer faxina. Na maioria das vezes eles são de uma criatividade muito grande, o que falta é investimento. Eles tem ideias boas e eu disse a eles, vocês têm que levar adiante essas ideias, têm que correr atrás”, disse Simone.

O aluno Maurício Freire também contou as ideias que seu grupo teve para novos empreendimentos florestanos. “A ideia do meu grupo foi a gente criar uma biblioteca com área para livros e leitura e teria um cybercafé, onde quem frequentasse teria o direito de tomar um cafezinho e comer alguma coisa. Também pensamos em uma espécie de Uber de lanches, a gente quer fazer um aplicativo, como somos do curso de informática já pensamos nisso, para que um grupo de pessoas possa dizer o endereço o carro iria até eles para comprarem o lanche, por exemplo até a escola, a universidade, o carro iria para vender o lanche onde fosse chamado”, explicou o aluno.




Para a instrutora a escola também pode fomentar a ideia empreendedora nos alunos, com a promoção de feiras para a exposição dos trabalhos à comunidade; e poderia haver também um olhar de pessoas da comunidade que pudessem asseverar determinado projeto. “O acompanhamento dos professores e quem sabe criar um núcleo empreendedor dentro da instituição eu acho que é válido”, completou a instrutora.