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Projeto propõe educação ambiental através do conhecimento de plantas da caatinga

A melhor forma de preservar algo é conhecendo seu valor e importância. Um projeto de extensão do campus Petrolina Zona Rural do IF Sertão-PE convida a um passeio de conhecimento e valorização de plantas da caatinga, a partir da realização da Trilha Ecológica.

Quem faz a Trilha Ecológica tem a oportunidade de conhecer diversas espécies de plantas da caatinga e sua importância

O projeto tem como objetivo principal a educação ambiental, através da sensibilização e orientação do uso sustentável da flora da caatinga. “A ideia é que as pessoas conheçam para preservar. Além disso é uma área de estudo, de pesquisa”, afirmou a professora responsável pelo projeto, Elizângela Souza. A Trilha Ecológica reúne mais de 20 espécies de plantas nativas da caatinga, como a faveleira, a caatingueira, o mulungu, algumas delas inclusive ameaçadas de extinção, a exemplo do umbuzeiro. 

Mais de 20 espécies compõem a trilha

O estudante de Agronomia, Ipojucan Miranda, bolsista do projeto, ressalta a importância da Trilha Ecológica como uma ferramenta para a educação ambiental e para desmistificar a ideia de que a caatinga é um ecossistema pobre. “A gente tem um preconceito com nosso próprio ambiente. Quando você vem para dentro da pesquisa você vê que a caatinga é o quarto ecossistema em biodiversidade. O que é mostrado nos livros de geografia, na televisão é o aspecto pobre paisagístico e a escassez de chuva. Mas nosso ecossistema é bastante rico”, afirmou o bolsista.

Em três meses, o projeto recebeu mais de 170 visitantes

A trilha percorre um caminho de aproximadamente 800 metros, que apresenta três fases: uma área degradada, que está em processo de recuperação natural, onde são mostradas situações como as consequências da falta de vegetação e erosão; uma área já recuperada e a terceira uma área de mata fechada. “Quando a gente vê problemas como desmatamento, retirada indiscriminada de madeira para indústria, surge a ideia da educação ambiental como uma saída. A gente recebe as visitas, mostra a importância de cada planta, relata para que serve, como o sertanejo usa, qual a dificuldade de ela crescer, se ela só é encontrada na caatinga”, considerou o estudante.

A trilha ecológica disponibiliza também mudas e sementes de espécies da caatinga para doação

Durante o percurso, é possível demonstrar o resultado de pesquisas que apontam diferenças de temperatura, compactação do solo, presença de matéria orgânica nas três diferentes áreas. “Em uma das visitas foi feita medição de temperatura do solo para mostrar a diferença em um ambiente descampado e em outro com planta. A temperatura varia de 60ºC em áreas sem cobertura vegetal, que é fatal para os micro-organismos do solo e para matéria orgânica, a 32ºC em área de mata fechada”, explicou Ipojucan.

Visita possibilita observar a diversidade e riqueza da caatinga

Além da visitação à Trilha Ecológica, o projeto prevê a produção e doação de mudas. Desde dezembro de 2017, foram produzidas 280 mudas e doadas 106. Hoje o viveiro disponibiliza mudas de mulungu, angico, carnaúba, juazeiro e sete cascas. Além disso, há um banco de sementes, atualmente com 32 espécies, sendo algumas somente para mostra e outras para doação.

Com a preservação da flora, naturalmente a fauna aparece. Além de aranhas e pássaros, cobras, raposas, teiús e outros animais vivem na área

Qualquer pessoa ou grupo interessado pode fazer a trilha ou solicitar mudas e sementes. Para isso, basta agendar através do e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. O ideal é que sejam grupos de até 20 pessoas. A visita dura em torno de uma hora e meia e é recomendado aos visitantes roupa e sapato fechados, boné, água e protetor solar. “Podemos ter algumas situações como o aparecimento de cobras e aranhas, que se camuflam na vegetação, além de espinhos das plantas, principalmente a faveleira que provoca irritação”, alertou Elizângela. 

A Trilha Ecológica fica localizada em uma área de preservação ambiental de sete hectares, dentro do campus Petrolina Zona Rural, sendo um dos projetos desenvolvidos pelo Centro Vocacional Tecnológico em Agroecologia (CVT), que tem como responsáveis os professores Silver Jonas, Fábio Freire e Marlon Rocha. O projeto tem como equipe responsável, além da professora Elizângela Souza, os docentes Maria Cláudia Cruz, Ana Sélia Novaes, Cássia Djane, Fábio Freire, Marlon Rocha, Rodolfo Peixoto, Silver Jonas, Vitor Lorenzo, Rosemary Barbosa, Edenise Guedes e Daniel Amaral. 

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