Campus Petrolina é palco de debate e homenagem ao povo indígena

“Indígenas: demarcação e efetivação de direitos já!”. Este foi o tema do evento, realizado na última quinta-feira (26), no auditórico do campus Petrolina do IF Sertão-PE, que celebrou o Abril indígena e marcou a posse oficial dos representantes do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (NEABI). 

 

 

O abril indígena faz parte de ações educacionais com objetivo da aplicabilidade da Lei 11.645/08 no campus Petrolina desde 2010. Já foram desenvolvidas diversas atividades de ensino, pesquisa e extensão com a temática indígena e afro-brasileira. 


Sarau indígena refletiu acerca das lutas dos povos indígenas

Neste ano, com ampla programação, os alunos assistiram o documentário Terra Toré, que versou sobre as lutas travadas pelos povos indípigenas do nortdeste pelo direito ao território e sua importância para sobrevivência física, cultural e espiritual.  Ao final, participaram de debate com os professores de história, Edivânia Grnaja, de língua português, Andrea Karla e de filosofia, SebastiaoFrancisco.


Apresentações movimentaram o pátio

NEABÍ

Como parte das comemorações, à tarde, os novos membros do NEABí foram empossados (confira aqui os representantes) e aproveitaram para realizar a primeira reunião, onde determinaram objetivos e traçaram rotas de atuação.  O Núcleo objetiva aprofundar conhecimentos e fomentar políticas públicas com foco na temática indígena e quilombola, no âmbito institucional e na sociedade sertaneja. Compõem o Núcleo: servidores e membros da sociedade sertaneja (negros, indígenas e quilombolas). 


Novos membros do NEABÍ são empossados

“Avalio que o evento atingiu com êxito os objetivos propostos, pois fomentou debates e reflexões a cerca do direito a vida do indígena. Também destaco a importância da oficialização do núcleo de estudos afro-brasileiros e indígenas do campus Petrolina. É um marco na nossa instituição”, revelou a professora de história e organizadora do evento, Edivania Granja. 


Primeira reunião já é realizada na solenidade de posse

Para Adalmir José, morador e representante da  comunidade quilombo Conceição das Crioulas, localizada em Salgueiro(PE), é importante a inclusão das minorias no instituto para que ambas as partes entendam a realidade oposta a sua. “Com essa participação buscamos fortalecer a discussão e que as ideias aqui apresentadas não fiquem apenas no plano teórico, mas que possam fortalecer nossa identidade, principalmente, dos nossos jovens que pretendem ingressar no instituto. Contribuir com a pesquisa e compreensão da nossa realidade é algo muito gratificante”, pontuou. 


Adalmir José, líder e morador da comunidade de Conceição das crioulas, mostrou-se entusiasmado com o projeto

O encerramento do evento foi uma roda de conversa sobre demarcação e a falta de efetivação de direitos indígenas, coma participação da indígena, Cláudia Truká, dos universitários indígenas, Gabriel Tumbalalá e Wesley Atikum e do professor de Entobiologia e coordenador do mestrado em ecologia humana da UNEB, Carlos Alberto Batista. Contou, ainda, com a participação de turmas dos cursos de licenciatura, Proeja, subsequentes e docentes.